Uma das questões nessa luta do feminismo que muitas mulheres batem o pé é o lance do sexo frágil. Acredito que, ainda que a minha geração tenha quebrado alguns tabus, fomos educadas, ainda, como sendo o sexo frágil. Muitas de nós tivemos um irmão, um priminho, um amiguinho pra nos defender desde a infância. Eu tive. Sou a neta mais nova das duas famílias, e da família do meu pai, vim depois de uma leva de meninos com uma diferença de 1 ano de idade. Cresci, até certa idade, com um desses primos, e ele sempre tava lá pra me defender do que quer que fosse. Eu me sentia segura, porque era quase como se ele fosse onipresente. Eu era intocável. Na escola, todos da nossa faixa etária tinham medo dele. Na nossa rua também. E assim foi, até o momento em que cada um foi pra uma rua diferente, uma escola diferente, e eu me vi totalmente desprotegida. Sempre fui o que chamam de "menina invocada". Então, continuei arrumando confusão. Só que, dessa vez, eu comecei a ter que ir pra porrad