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Mostrando postagens de novembro, 2015

Maternidade compulsória

Precisamos falar sobre maternidade compulsória. Uma das formas de dominação dos homens sobre nós, mulheres, é através da reprodução. Não é à toa que existe essa cobrança desenfreada pra que tenhamos filhos assim que passamos, geralmente, dos 25, ou, tão logo resolvamos juntar as escovas de dentes. É uma cobrança tão naturalizada, e é tão intrínseca à nossa socialização, que nós a internalizamos. É muito comum em rodas de conversas de amigas a partir dos 25 anos essa preocupação. Ainda que hoje em dia seja cada vez mais comum ver mulheres tendo filhos depois dos 38, muitas mulheres continuam se preocupando com o fato de não terem tido seu primeiro filho antes dos 32/35 anos. Quantas mulheres conhecemos que, de fato, já se questionaram honestamente se realmente querem ser mães? Quantas mulheres conhecemos que já refletiram sobre a maternidade, a maternagem, e tudo que isso implica? Existe, junto com essa socialização, uma romantização da maternidade, e isso é algo muito grave e muito

A dor.

Vai ser difícil olhar pro lado e não te ver, dormir ou acordar sem pensar em você. Vai ser estranho pensar nos invernos sem dividir o cobertor, ou em algumas músicas que você me roubou, e as minhas manias que só você via. Não sei como vai ser comer milho sem lembrar de você, ou me livrar da saudade das agonias, e pensar no jardim e na horta que a gente teria. Tô tentando voltar do futuro que a gente ia ter, tô me buscando de volta dos sonhos que eu tinha com você, e me resgatando de todos aqueles planos que fiz pra gente. As noites podem ficar um pouco vazias sem o teu peito, e, às vezes, parece que o chão fica um pouco instável sem o teu colo. O mundo ainda pode soar absurdo sem teus abraços, e tem uma dor funda que vai insistir um pouco, e ela rasga e grita como um diabo. Mas, talvez, a desavisada fui eu, que não vi que amor que pede afeto, só pode ser desamor, e o dia que te pedi pra que não transformasse nosso amor em uma música de dor, foi o princípio do fim, como disse outra c
Parece que faz uma eternidade Eu cheguei com uma mochila E a gente se encaixava Eram só 3 dias De repente foi um mês, E eu te quis pra vida inteira. Parece que foi em outra vida Você curou tantas feridas E aquela saudade desconhecida O abraço que me acolhia. Nem parece Mas foi outro dia Meu lugar era no teu peito E os teus sonhos, Eram os meus sonhos E contigo Qualquer música fazia sentido E só no teu colo que eu cabia. Mas a vida desandou E o poeta se amargou E o nosso mundo desencontrou E a nossa língua não era mais a mesma. Teus olhos se desencantaram E nossas vozes não harmonizavam E meu lugar deixou de ser meu. Tu falavas de amor Enquanto via opções Meu coração gritou de dor. E agora o tempo fica confuso E será que foi verdade?