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"Temos todo o tempo do mundo"

 Penso que uma das piores coisas da minha vida foram os diagnósticos de transtorno de personalidade borderline e fibromialgia. São condições extremamente cansativas e desgastantes, tanto pra mim quanto pra quem convive comigo. Muitas vezes, me sinto culpada por isso. Por "forçar" as pessoas ao meu redor a me "aguentarem" nos períodos de crises. E, a impressão que eu tenho, é que a mínima coisa desencadeia uma crise. Pode ser leve, ou pode ser mais forte. Nunca dá pra prever. Relacionado a esses diagnósticos(que vieram antes deles, pra falar a verdade), tenho depressão crônica, transtorno de ansiedade e insônia crônica. Já dizia a música "não é fácil viver assim".  Tenho lido um livro sobre o transtorno de personalidade borderline, e só tem confirmado meus pensamentos. Em uma parte, o livro diz "qualquer coisa/tudo é muito pra um borderline". Sempre soube que sou exagerada e extremamente sensível, mas, ter um diagnóstico e perceber o quanto isso t

Independência

Desde que me lembro, sou uma pessoa muito dependente emocionalmente, nos mais diversos relacionamentos - não só amorosos. Isso sempre me atrapalhou. No dia a dia, nos afazeres, na acomodação, em tudo. Depois de alguns acontecimentos, resolvi aprender a não depender emocionalmente de ninguém. E tem dado certo.  Antes, a menor coisa me entristecia, me chateava. Hoje, não mais. Estou me desfazendo de mágoas por grosseria, por incompreensão, por injustiça, por falta de reciprocidade. Simplesmente, estou aprendendo a viver. E tem sido maravilhoso.  Por outro lado, sempre tive o costume de cortar da minha vida quem me faz muito mal. Por um tempo, perdoei demais. Hoje, voltei ao normal. As pessoas voltaram a morrer pra mim, e isso tem sido ótimo. Vivo mais leve, mais tranquila. Menos suscetível a pressão, a julgamentos, a palavras tortas. 

Sobre o que vale à pena

Tenho tido dispensados. Decepções seguidas, muita mágoa, muito pesar. Não tá sendo fácil. As dores pioraram, o sono piorou, não consigo mais me concentrar nem produzir. Espero que isso passe.  Os pensamentos de desistir de tudo voltaram, e eu não sei até que ponto vou aguentar. Me disseram que eu sou forte, mas, nesse momento, não sei pra onde essa força foi. Honestamente, tô sem chão. Eu sei que não deveria deixar as pessoas me machucarem tanto, e, grande parte da responsabilidade disso tudo é minha, por me doar demais, por confiar demais, por querer fazer demais, por querer cuidar de todos. Mas, e no final do dia, quem cuida de mim? Só me resta eu mesma, juntando meus cacos, tentando pensar em motivos pra viver e não acabar logo com essa dor massacrante.  E, afinal, o que vale à pena? Amizades, relacionamentos, familia, trabalho?! O que fica?! Quem fica?! 

Sobre perdas e ganhos

Às vezes, temos muita consideração por pessoas que não são recíprocas(e a gente pensa que são). A gente se doa, dá amor, carinho, proteção, cuidado, afeto, ombro, tudo. E aí, quando a gente percebe que era uma via de mão única, nos frustramos, nos decepcionamos. E decepção, com amor, dói. Machuca. Arrasa. Acaba com nossa paz.  Ja fui de relevar tudo. Perdoar tudo. Seguir em frente e fingir que nada aconteceu. Hoje, não mais. Decidi cortar da minha vida quem me quer mal, quem não tem consideração por mim, quem não é verdadeiro comigo.  Já “descobri” que o meu problema é me doar demais pras pessoas. Eu confio facilmente, gosto de ajudar, torço pelas pessoas. Mas, nem todos são assim, e a gente precisa aprender a se preservar, pela nossa propria saúde e bem estar. E eu estou aprendendo.  Mas, dói. Muito. Eu sinto como se uma pessoa tivesse morrido, mas sem sentir saudade. Só o pesar, o lamento. A dor de ter perdido alguém que nunca esteve ao nosso lado.  Ser usado, ser manipulado, é horrí