2015 foi um ano pesadíssimo, pra mim, tanto no âmbito pessoal, quanto numa análise mais macro, e, juntando tudo, posso dizer que foi uma caminhada super difícil.
Em grande parte dos momentos, e não sei dizer em porcentagem, se pra mais, se pra menos, pensei que não valia à pena.
Foi, com certeza, um ano de muito aprendizado, e, portanto, de muito amadurecimento, crescimento, tomada de consciência. Senti o peso da socialização das mais variadas formas, e pude percebê-la também à minha volta.
Percebi como o apego ao que não serve mais pode ser danoso, da pior forma possível. Vi que, nas voltas que o mundo dá, existe uma dinâmica na vida em que as pessoas se movimentam, e isso significa que nem sempre elas vão permanecer nas vidas umas das outras, por mais acostumadas que estejam. Forçar isso pode ser muito nocivo.
A maior parte do tempo me vi completamente sozinha, e essa, com certeza, foi uma sensação desesperadora, absurdamente angustiante. E quando eu digo isso não é culpando ou cobrando ninguém, senão a mim mesma. Percebi que sempre tive essa dependência emocional das pessoas, e o quanto isso me prejudica, porque isso é um fardo pesado demais pra qualquer pessoa que seja. Ninguém pode ser responsável pela vida de qualquer pessoa. E eu digo qualquer pessoa, literalmente. Nós precisamos nos responsabilizar por nós mesmos, e eu sempre defendi isso, racionalmente, sem perceber que eu mesma não praticava isso.
Aprendi que o conceito de empatia, em sua plenitude, é utópico. Em algum momento, ele vai falhar. Porque toda e qualquer pessoa tem algum ponto específico que é incapaz de compreender a escolha de outrem, ou as limitações. Por isso é tão difícil essa coisa de praticar o não-julgamento, o respeito, a convivência harmoniosa. Em algum momento, as pessoas nos decepcionam e apontam o dedo na nossa cara. Qualquer pessoa. E é preciso estarmos preparados pra isso. Eu disse qualquer pessoa.
Tomei consciência de que não só posso, como muitas vezes preciso ser egoísta e egocêntrica. E isso significa pensar no meu bem estar, naquilo que me faz bem.
Foi difícil, mas uma parte de mim que eu nunca quis que morresse, morreu junto com esse ano que passou. Uma parte de mim que sempre esperava o melhor das pessoas morreu, depois de muitas decepções.
Começo 2016 nascendo outra pessoa. Cheia de feridas. Umas abertas, outras cicatrizando, algumas reabertas, e outras que deixaram sequelas. Deixei pra trás algumas pessoas em 2015 e, pelo menos por enquanto, é como se fossem uma espécie de apêndice. Não tenho a menor idéia do que me espera nesse ano, mas sei que cheguei mais forte, menos ingênua, menos disponível, mais focada em mim. Menos disposta a perdoar erros repetidos, e, mais do que nunca, ciente de que ninguém além de mim sabe melhor dos meus próprios limites. Mais desconfiada também, é verdade. Antes isso me soaria de forma negativa. Hoje, só vejo como sendo necessário.
Em grande parte dos momentos, e não sei dizer em porcentagem, se pra mais, se pra menos, pensei que não valia à pena.
Foi, com certeza, um ano de muito aprendizado, e, portanto, de muito amadurecimento, crescimento, tomada de consciência. Senti o peso da socialização das mais variadas formas, e pude percebê-la também à minha volta.
Percebi como o apego ao que não serve mais pode ser danoso, da pior forma possível. Vi que, nas voltas que o mundo dá, existe uma dinâmica na vida em que as pessoas se movimentam, e isso significa que nem sempre elas vão permanecer nas vidas umas das outras, por mais acostumadas que estejam. Forçar isso pode ser muito nocivo.
A maior parte do tempo me vi completamente sozinha, e essa, com certeza, foi uma sensação desesperadora, absurdamente angustiante. E quando eu digo isso não é culpando ou cobrando ninguém, senão a mim mesma. Percebi que sempre tive essa dependência emocional das pessoas, e o quanto isso me prejudica, porque isso é um fardo pesado demais pra qualquer pessoa que seja. Ninguém pode ser responsável pela vida de qualquer pessoa. E eu digo qualquer pessoa, literalmente. Nós precisamos nos responsabilizar por nós mesmos, e eu sempre defendi isso, racionalmente, sem perceber que eu mesma não praticava isso.
Aprendi que o conceito de empatia, em sua plenitude, é utópico. Em algum momento, ele vai falhar. Porque toda e qualquer pessoa tem algum ponto específico que é incapaz de compreender a escolha de outrem, ou as limitações. Por isso é tão difícil essa coisa de praticar o não-julgamento, o respeito, a convivência harmoniosa. Em algum momento, as pessoas nos decepcionam e apontam o dedo na nossa cara. Qualquer pessoa. E é preciso estarmos preparados pra isso. Eu disse qualquer pessoa.
Tomei consciência de que não só posso, como muitas vezes preciso ser egoísta e egocêntrica. E isso significa pensar no meu bem estar, naquilo que me faz bem.
Foi difícil, mas uma parte de mim que eu nunca quis que morresse, morreu junto com esse ano que passou. Uma parte de mim que sempre esperava o melhor das pessoas morreu, depois de muitas decepções.
Começo 2016 nascendo outra pessoa. Cheia de feridas. Umas abertas, outras cicatrizando, algumas reabertas, e outras que deixaram sequelas. Deixei pra trás algumas pessoas em 2015 e, pelo menos por enquanto, é como se fossem uma espécie de apêndice. Não tenho a menor idéia do que me espera nesse ano, mas sei que cheguei mais forte, menos ingênua, menos disponível, mais focada em mim. Menos disposta a perdoar erros repetidos, e, mais do que nunca, ciente de que ninguém além de mim sabe melhor dos meus próprios limites. Mais desconfiada também, é verdade. Antes isso me soaria de forma negativa. Hoje, só vejo como sendo necessário.
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